Gerard J. Tortora e Bryan Derrickson | Princípios de Anatomia e Fisiologia

180 PRINCÍPIOS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA regular o nível de cálcio no sangue (ver seção 6.7). Eles tam- bém são células-alvo para a terapia medicamentosa utilizada para tratar a osteoporose (ver Distúrbios: desequilíbrios home- ostáticos no final deste capítulo). Você pode achar conveniente usar um auxílio chamado dispo- sitivo mnemônico (memória) para aprender informações novas ou desconhecidas. Um desses mnemônicos que ajudará você a se lembrar da diferença entre a função dos osteoblastos e osteoclastos é o seguinte: os osteoB lastos formam ( B uild) os ossos, enquanto os osteoC lastos esculpem ( C arve out) os ossos. O osso não é completamente sólido, mas tem muitos espaços pequenos entre suas células e os componentes da matriz extrace- lular. Alguns espaços servem como canais para os vasos sanguí­ neos que fornecem nutrientes às células ósseas. Outros espaços funcionam como áreas de armazenamento para a medula óssea vermelha. Dependendo do tamanho e distribuição dos espaços, as regiões de um osso podem ser categorizadas como compactas ou esponjosas (ver Figura 6.1 ). De modo geral, cerca de 80% do esqueleto é constituído de osso compacto e 20% de osso esponjoso. Tecido ósseo compacto (denso) O tecido ósseo compacto ( denso ) contém poucos espaços ( Figu- ra 6.3 A ) e é o tipo mais forte de tecido ósseo. É encontrado sob o periósteo de todos os ossos e compõe a maior parte das diáfises de ossos longos. O tecido ósseo compacto fornece proteção e apoio e resiste às tensões produzidas pelo peso e movimento. O tecido ósseo compacto é composto de unidades estruturais repetitivas chamadas ósteons ou sistemas haversianos . Cada ós- teon consiste em lamelas ósseas concêntricas dispostas ao redor de um canal osteônico (haversiano ou central). Semelhantes aos anéis de crescimento de uma árvore, as lamelas ósseas concên- tricas são placas circulares de matriz extracelular mineralizada de diâmetro crescente, ao redor de uma pequena rede de vasos sanguíneos e nervos localizados no canal osteônico ( Figura 6.3 A ). Essas unidades tubulares de osso geralmente formam uma série de cilindros paralelos que, em ossos longos, tendem a correr pa- ralelamente ao eixo longo do osso. Entre as lamelas ósseas con- cêntricas estão pequenos espaços chamados lacunas ósseas (pe- quenos lagos; o singular é a lacuna óssea ), que contêm osteócitos. Irradiando em todas as direções a partir das lacunas ósseas estão os pequenos canalículos ósseos (pequenos canais), que são pre- enchidos com líquido extracelular. Dentro dos canalículos ósseos estão os processos digitiformes finos dos osteócitos (ver o inserto à direita da Figura 6.3 A ). Os osteócitos vizinhos comunicam-se através de junções comunicantes (ver seção 4.2). Os canalículos ósseos conectam as lacunas ósseas entre si e com os canais oste- ônicos, formando um sistema intrincado, em miniatura de canais interconectados ao longo do osso. Esse sistema fornece muitas ro- tas para nutrientes e o oxigênio para chegar até os osteócitos e para a remoção de resíduos. ? Por que a reabsorção óssea é importante?  FIGURA 6.2   Tipos de células no tecido ósseo . As células osteoprogenitoras sofrem divisão celular e se desenvolvem em osteo­ blastos, que secretammatriz extracelular óssea. SPL/Science Source Steve Gschmeissner/ Science Source Steve Gschmeissner/ Science Source Célula osteoprogenitora (desenvolve-se em um osteoblasto) Osteoblasto (atua na deposição óssea, na formação da matriz extracelular óssea) A partir da linhagem de células ósseas A partir da linhagem de leucócitos Osteócito (mantém o tecido ósseo) Osteoclasto (atua na reabsorção óssea, na ruptura da matriz extracelular óssea) Borda em escova 8.000x MEV 4.000x MEV 2.700x MEV

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